TROPICÁLIA
a arte não tem portas
Músicas, poemas, filmes, espetáculos teatrais e até mesmo samba enredo, o movimento da Tropicália é lembrado das mais diversas formas. Surge na década de 60, diante de um cenário político e social complexo. Em pleno início da Ditadura Militar, um grupo de artistas encontrou na música uma forma de contestação.
Foi na terceira edição do Festival de MPB da Record, quando Caetano Veloso tocou ‘’Alegria, Alegria’’ acompanhado de guitarras elétricas que o movimento ganhou visibilidade. A proposta era se afastar do nacionalismo imposto em todas as esferas artísticas e se aproximar dos jovens e do ‘’pop’’. Assim a Tropicália foi além da linguagem musical, influenciando a criação em múltiplas linguagens artísticas e até a moda e os cortes de cabelo.
Nesse momento temeroso, o Enearte 2017 invoca a atmosfera irreverente e questionadora do movimento da Tropicália para permear o nosso encontro. Também é uma proposta para reflexão sobre o espaço das artes na história e nas quebras de paradigmas. ‘’Tropicália: A arte não tem portas’’ é um convite aos estudantes de artes a tomar os espaços mais inusitados, misturar os saberes, fazer um intercâmbio com as ruas de Salvador.
Universidade Federal da Bahia
A UFBA é a nossa segunda casa ou talvez a primeira, pelo tempo que passamos nela. Não é um local apenas de troca de conhecimento, mas de compartilhamento de experiências, visto que essa diversidade de pensamento reafirma esse caldeirão cultural.
A história da Ufba se inicia em 1808, quando Dom João VI criou a Escola de Cirurgia da Bahia, primeira do Brasil. Novos cursos foram abertos entre eles o de Artes Plásticas, em 1877, um dos primeiros. Dentro do nosso querido universo das artes, atualmente temos os cursos de Teatro, Dança, Música, Artes Plásticas, Design, o amplo Bacharelado Interdisciplinar em Artes que te leva para todas essas linguagens (e outras áreas), além da área de concentração em cinema.
Infelizmente, não temos um campus unificado das artes, resquício da ditadura, que distanciou essas escolas, mas nada que o nosso querido transporte gratuito, o Buzufba, não quebre um galho. Pensando nisso o ENEARTE na UFBA propõe fortalecer essas trocas e vamos adorar experimentar, trocar, produzir e conhecer tudo o que pode surgir nesse encontro maravilhoso.
Diretoras e diretores
Escola de Dança
Escola de Belas Artes
Nancy novaes
Escola de Teatro
Escola de Música
Instituto Humanidades Artes e Ciências
Faculdade de Comunicação
Luiz Cláudio Cajaíba
José Maurício Brandão
Messias Guimarães Bandeira
Fábio Sadao
D
DENDÊ CITY
Salvador
“O Brasil foi batizado na Bahia”, já disse Adelmário Coelho. Tema de tantas obras musicais e literárias, berço de tantos artistas consagrados, Salvador poderia ser comparada a um caldeirão: misture, aí, uma diversidade de manifestações religiosas, de expressões culturais, de contextos sociais, acrescente contrastes físicos e arquitetônicos e reconhecerá facilmente uma cidade plural.
A influência do continente africano em tantos aspectos culturais da nossa cidade nos faz ser considerados o centro da cultura afro brasileira e, embora se note uma dualidade como entre a religião católica, de um lado, e o candomblé, do outro, a mistura e o sincretismo tornou-se uma marca forte dos nossos eventos religiosos, bem como na culinária e em outras manifestações culturais do nosso povo. Tão conhecida pelo Carnaval, pelo acarajé e pelo Pelourinho, Salvador tem muito a ser visitado e descoberto.
Primeira capital do Brasil, Salvador apresenta em cada canto uma forma única de experiência. É surpreendente pensar no contraste que se apresenta aos nossos olhos se estivermos em algum bairro da Cidade Baixa, em algum ponto da orla marítima ou em uma região de prédios corporativos. E é essa Salvador diversa que receberá o Enearte 2017: é sempre tempo de trocas e “Tropicália: a arte não tem portas” é um convite para que a arte invada a cidade.